quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Laguna verde (Chile)
Nessa altura da viagem dava pra sentir que já estávamos bem longe de casa.
Um dos principais atrativos do trajeto fica no meio do deserto mais alto do mundo. Praticamente na faixa da codilheira dentro do território chileno, quando você pensa que já viu tudo surge derrepente um brilho azul no horizonte. De longe uma cor vibrante e de perto alucinantes águas transparentes. É a bela Laguna Verde. Também no deserto de Atacama, no sul da Bolívia divisa com a Argentina tem outra que chamam do mesmo nome. Tudo no deserto parece ser pequeno e estar perto justamente por você não ter referência (escala). De longe ela parecia pequena e estar bem próximo mas quando chegamos perto provou ser gigante e estar bem mais longe do que imaginávamos.
A mais de 4395 metros sobre o nível do mar e rodeada de imensos vulcões ela enfeita o deserto com sua água gelada e salgada ilhada por solo arenoso composto por ácido sulfúrico e demais minérios que eu não faço ideia quais sejam, provavelmente oriundos de erupção local. Tanto é forte a composição do solo desse local que numa dessas vontades de sacar fotos acabei afundando todo calçado numa parte que estava mais fofa.
Até o momento tudo bem tirei meu “democrata” e removendo a palmilha sacudi de forma a extrair o excesso daquele solo áspero e esquisito. Na hora apenas percebi uma secura nos pés, mas no outro dia a pamilha estava completamente retorcida de forma que não tinha mais jeito de recuperá-la. Por essa simples experiência da pra gente ter noção do que tem por aqui, do poder mineral da região.
Ah, uma pergunta que eu sempre me fazia antes de parar e desligar o carro era: e se não pegar mais ??? No meio do nada e de ninguém caso ocorresse algum problema mecânico realmente não tinha muito o que fazer a não ser esperar pela ajuda de algum maluco que estivesse passando por ali e em pleno dia 31 de dezembro de 2011.
E pra potencializar o medo o marcador do combustível já estava biruta a horas. A bruxa (luz laranja) a ascendia de vez e outra. Imagino que devido a altitude e variação de pressão ele não conseguia marcar corretamente. Horas marcava ¾ derrepente ¼ . A unica forma de acompanhar era pela kilometragem rodada, mas era e não era porque a gente sabe que o consumo do veículo oscila muito nessas condições. Não tinhamos certeza da quantidade de gasolina no tanque, a certeza que se tinha era de ter completado no posto em Fiambalá, a última cidade provida de posto de gasolina antes de vir pra cá, pra quem vem pela Argentina.
A direita do Blog no mês de janeiro estão postadas mais fotos da Laguna.
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